Hipertensão: Um alerta a toda a população!
A hipertensão arterial é um importante fator de risco para doenças
decorrentes de aterosclerose e trombose, que se exteriorizam,
predominantemente, por acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular
periférico. É responsável por 25 e 40% da etiologia multifatorial da
cardiopatia isquêmica e dos acidentes vasculares cerebrais, respectivamente.1 Essa
multiplicidade de consequências coloca a hipertensão arterial na origem das
doenças cardiovasculares e, portanto, caracteriza-a como uma das causas de
maior redução da qualidade e expectativa de vida dos indivíduos.
No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 33% dos
óbitos com causas conhecidas. Além disso, essas doenças foram a primeira causa
de hospitalização no setor público, entre 1996 e 1999, e responderam por 17%
das internações de pessoas com idade entre 40 e 59 anos 2 e
29% daquelas com 60 ou mais anos.3
A maioria dos eventos cardiovasculares ocorre em indivíduos com
alterações leves dos fatores de risco que, se deixados sem tratamento por
muitos anos, podem produzir uma doença manifesta.4 Vários
estudos epidemiológicos e ensaios clínicos já demonstraram a drástica redução
da morbimortalidade cardiovascular com o tratamento da hipertensão arterial.5,6 Existe
boa evidência médica de que medidas de pressão arterial podem identificar
adultos com maior risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em
razão da hipertensão. Diretrizes de serviços preventivos dos Estados Unidos da
América (EUA) e do Canadá recomendam o rastreamento sistemático da hipertensão
em adultos, dados os benefícios do tratamento precoce.7,8
Nos países em desenvolvimento, o crescimento da população idosa e o
aumento da longevidade, associados a mudanças nos padrões alimentares e no
estilo de vida, têm forte repercussão sobre o padrão de mortalidade. No
Brasil, projeções da Organização das Nações Unidas (ONU) (2002) indicam que a
mediana da idade populacional passará, de 25,4 anos em 2000 a 38,2 anos em
2050.9 Uma das consequências desse envelhecimento populacional
é o aumento das prevalências de doenças crônicas, entre elas a hipertensão.
Estudos de prevalência da hipertensão no Brasil, entre 1970 e início dos
anos 90, revelam valores de prevalência entre 7,2 e 40,3% na Região
Nordeste, 5,04 a 37,9% na Região Sudeste, 1,28 a 27,1% na Região Sul e 6,3 a
16,75% na Região Centro-Oeste. 10 Esses estudos de
prevalência são importantes fontes de conhecimento da frequência de agravos na
população: servem, também, para a verificação de mudanças ocorridas após as
intervenções. Nos últimos anos, observa-se o aumento do número de estudos
transversais para estimar a prevalência da hipertensão arterial. Observa-se,
entretanto, grande variabilidade na informação obtida, em função de vários fatores,
entre os quais: a) desenhos de amostra diversos; b) distintos grupos
populacionais (sexo, idade, renda, escolaridade, etc); c) abrangência
geográfica do estudo (nacional, regional, urbano, rural); d) critérios de
diagnóstico e rigor na mensuração da pressão arterial (PA); e) fonte e tipo de
dados coletados; e f) análise dos dados. Essa variabilidade da informação,
geralmente, inviabiliza a comparação dos estudos e sua utilização como
ferramenta de decisão para a Saúde Pública.11
Estudos epidemiológicos de base populacional são fundamentais para se
conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento por hipertensão no País e
os fatores e condições que influenciam a dinâmica desses padrões de risco na
comunidade. A identificação dos maiores fatores de risco para doenças
cardiovasculares, de estratégias de controle efetivas e combinadas com educação
comunitária e monitoramento-alvo dos indivíduos de alto risco contribuíram para
uma queda substancial na mortalidade, em quase todos os países desenvolvidos.12 Este
trabalho teve por objetivo revisar, de forma crítica, os estudos recentes de
base populacional que estimaram a prevalência de hipertensão em adultos
brasileiros.
Quem se medica contra a hipertensão vive sem restrição
Chegou a hora do Brasil inteiro entrar
em campo para combater a principal causadora de mortes no país, a hipertensão. A falta de controle da pressão arterial
pode causar diversas complicações, capazes de reduzir significantemente a
qualidade de vida.
A campanha “Eu Sou 12
por 8” foi desenvolvida pelo Departamento de Hipertensão
Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia para ajudar os brasileiros a
viverem mais e com muito mais saúde.
Vista essa camisa e entre para nossa
seleção: meça sua pressão arterial, faça exercícios físicos, controle o peso, a
alimentação, visite seu médico periodicamente e ajude a divulgar essa campanha.
O que é a hipertensão?
Hipertensão arterial acontece quando a
nossa pressão está acima do limite considerado normal, que, na média, é máxima
em 120 e mínima em 80 milímetros de mercúrio, ou simplesmente 12 por 8. Valores
inferiores a 14 por 9 podem ser considerados normais a critério médico. As
pessoas que têm familiares hipertensos, que não têm hábitos alimentares
saudáveis, ingerem muito sal, estão acima do peso, exageram no consumo de
álcool ou são diabéticas têm mais risco de desenvolver a hipertensão.
Níveis da pressão arterial
A pressão arterial é medida através de
aparelhos como o tensiômetro ou esfigmomanômetro e pode ter uma variação
relativamente grande sem sair dos níveis de normalidade. Para algumas pessoas
ter uma pressão abaixo de 12/8, como, por exemplo, 10/6, é normal.Já valores
iguais ou superiores a 14 (máxima) e/ou 9 (mínima) são considerados como
hipertensão para todo mundo. Meça a sua pressão e compare com a tabela abaixo:
Prevenção e tratamento
Quem tem parentes hipertensos, está
acima do peso, tem mais de 40 anos de idade, é portador de diabetes ou de
outros fatores de risco para as doenças cardiovasculares (como colesterol
elevado, tabagismo, estresse) deve medir a pressão regularmente e fazer a
prevenção da doença, pois tem maior risco de se tornar hipertenso.
Quem já é hipertenso (pressão igual ou
acima de 14 por 9) ou tem a pressão arterial limítrofe (acima de 12 por 8 e
inferior a 14 por 9) deve fazer controle médico periódico e seguir as
orientações dadas por aquele profissional. Para prevenir e controlar a hipertensão,
é importante fazer atividades físicas regulares (de pelo menos 30 minutos ao
dia, 3 ou mais vezes por semana), reduzir o consumo de sal da alimentação (não
use o saleiro, evite alimentos prontos e industrializados, utilize outros
temperos), manter o peso adequado (reduzir o peso se tiver sobrepeso ou
obesidade), controlar o estresse (sono adequado, controle da ansiedade e
depressão, relaxamento) e, se necessário, utilizar medicamentos prescritos pelo
médico de forma constante. A maioria dos hipertensos, mesmo com hábitos
saudáveis, precisa utilizar medicamentos.
Os princípios ativos mais modernos não
causam efeitos colaterais importantes e protegem os órgãos vitais (coração,
cérebro, rins, olhos e artérias) dos riscos da hipertensão.
8 mandamentos para prevenção e controle da pressão alta:
1. Meça a pressão pelo
menos uma vez por ano.
2. Pratique atividades
físicas todos os dias.
3. Mantenha o peso
ideal, evite a obesidade.
4. Adote alimentação
saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.
5. Reduza o consumo de
álcool. Se possível , não beba.
6. Abandone o cigarro.
7. Nunca pare o
tratamento, é para a vida toda
8. Siga as orientações
do seu médico ou profissional da saúde.
9. Evite o estresse.
Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.
10. Ame e seja amado.
Como você pode ajudar na campanha
A arma mais poderosa para
combater a hipertensão é a informação. E você pode ajudar a espalhar
conhecimento sobre essa condição entre as pessoas.
Baixe o kit digital de emoticons, fundo de
tela e ícones e divulgue a campanha nas redes sociais.
Você vai fazer diferença na vida de muitas pessoas.
Fonte:
Postado por Esbanjar
Saúde às 21:50 2 comentários:
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